geane
Mensagens : 13 Data de inscrição : 09/07/2009
| | LIMITES NA EDUCAÇÃO INFANTIL | |
| | Castigos e limites na educação infantil | | | Todos nós temos modos peculiares de educar, adotando um determinado estilo parental, tendo em conta os valores que nos foram transmitidos, bem como, o ideal de educação que fomos construindo.
No intuito de cumprir, da melhor forma possível, a nossa tarefa enquanto pais, é essencial que possamos refletir sobre os modos de agir com as crianças, estabelecendo regras e limites pois, só assim, a criança terá a oportunidade de desenvolver a sua consciência moral e gerir as suas próprias emoções.
Acontece que, no momento de aplicar os limites, os pais oscilam, muitas das vezes, entre a permissividade e o autoritarismo, manifestando dificuldades em alcançar um equilíbrio.
Assim, pais demasiado permissivos, tenderão a desculpar e não castigar quando é preciso, ao passo que, pais autoritários, optarão por dar mais castigos, gritar, humilhar ou dar umas palmadas na criança, às vezes de forma exagerada.
Neste âmbito e no que concerne, especificamente, à questão das palmadas, devemos ponderar bem, a melhor postura a tomar, pois é preciso, em primeiro lugar, distinguir entre a chamada “palmada educativa”, ou uma situação de mau-trato.
Constatamos que, alguns pais, assumem-se como defensores ferozes das palmadas, pois consideram que só assim, é possível que as crianças obedeçam, salientando o quão benéfico foi este método na sua infância.
Outros pais consideram, que o uso das palmadas é contraproducente e ficam indignados perante tal modo de atuar, temendo sequelas psicológicas na criança.
Na realidade, uns e outros sentem-se perdidos e confusos, perante a enorme pressão da sociedade sobre si próprios, enquanto educadores e culpabilizam-se, temendo ser rotulados como incompetentes.
Existem ainda outros pais, que preferem um estilo mais democrático, negociando quando é possível, mas não cedendo em situações específicas.
Uma coisa é certa, se por um lado, sabemos que, em determinadas circunstâncias, a palmada até pode dar jeito aos pais, ao indicar à criança que deve fazer rapidamente “Stop”, quando usada frequentemente, para mostrar quem manda, não traz quaisquer benefícios.
Temos que ter presente que os pais batem nas crianças, sobretudo, quando estão fora de si, ou seja, quando não conseguiram o auto-controlo emocional.
Como tal, ao recorrerem a métodos coercivos, transmitem implicitamente à criança a seguinte mensagem: “Vais comportar-te bem, porque eu sou maior do que tu e mando!”, o que significa que a criança é um ser inferior, não a auxiliando, deste modo, a aprender a auto-disciplina e o respeito.
É de salientar então, que não deverão sentir-se culpados os pais que, de vez em quando, recorram a uma palmada, para pôr fim ao mau comportamento, devendo, no entanto, estar conscientes que, não será através dessa palmada que a criança lhes terá mais respeito, ou se tornará mais responsável a longo prazo, pois o resultado pretendido apenas irá durar um curto espaço de tempo.
Com efeito, é muito importante que os pais, à medida que a criança vai crescendo, possam utilizar cada vez menos a palmada, recorrendo a outras estratégias, nomeadamente, dando-lhe orientações educativas para que esta reconheça o seu mau comportamento, as suas consequências e a forma de as reparar.
Se os pais mantiverem um diálogo positivo e forem firmes nas suas posições, a criança irá, naturalmente, sentir-se amada e auto-confiante, caminhando para uma maior maturidade pessoal o que é, no fundo, o que os pais mais desejam.
|
| |
|